Produção industrial alemã cresce, mas queda nas exportações revela desafios econômicos

Enquanto a produção industrial avança 2,0% em janeiro, as exportações caem 2,5%, destacando os obstáculos para a recuperação da maior economia da zona do euro

  10 DE MAR, 2025


Produção industrial alemã cresce, mas queda nas exportações revela desafios econômicos

A economia alemã enfrenta um cenário misto no início de 2025. Dados divulgados pelo escritório federal de estatísticas da Alemanha mostram que a produção industrial cresceu 2,0% em janeiro em relação ao mês anterior, superando a previsão de 1,5% feita por analistas consultados pela Reuters. Esse aumento sugere que o setor pode estar se recuperando após um quarto trimestre de 2024 fraco, quando o Produto Interno Bruto (PIB) alemão encolheu 0,2%.

No entanto, as exportações alemãs caíram 2,5% no mesmo período, contrariando a expectativa de um aumento de 0,5%. As vendas para países da União Europeia (UE) recuaram 4,2%, enquanto as exportações para nações fora do bloco diminuíram 0,4%. Apesar de os Estados Unidos continuarem sendo o principal destino das exportações alemãs, houve uma queda de 4,2% nas vendas para o país em comparação com dezembro de 2024.

superávit comercial alemão também diminuiu, passando de 20,7 bilhões de euros em dezembro para 16,0 bilhões de euros em janeiro. Esse resultado reflete os desafios enfrentados pela Alemanha, que foi o único país do G7 a registrar contração econômica por dois anos consecutivos.

Contexto Político e Econômico:

O governo alemão busca reverter essa tendência com medidas como a reforma das regras de endividamento estatal e um plano de investimentos de 500 bilhões de euros em infraestrutura ao longo de 10 anos. No entanto, a ameaça de uma guerra comercial com os EUA, com o ex-presidente Donald Trump propondo tarifas sobre a UE, adiciona incertezas ao cenário.

Perspectivas para o Setor Industrial:

Apesar do crescimento em janeiro, a produção industrial alemã permanece 10% abaixo dos níveis pré-pandemia, segundo Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia do ING. A estagnação no setor, evidenciada pela comparação trimestral, sugere que a recuperação ainda é frágil.

 

— Indústria Flix News


Fontes:

  1. Reuters (Dados sobre produção industrial e exportações)

  2. Escritório Federal de Estatísticas da Alemanha (Estatísticas oficiais de comércio exterior e produção industrial)

  3. Carsten Brzeski, ING (Análise macroeconômica)

  4. Ralph Solveen, Commerzbank (Comentários sobre tendências econômicas)

 

 


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