Polo de Manaus Enfrenta Impasse e Coloca Indústria de Ar-Condicionado em Alerta
A insuficiência no fornecimento de compressores coloca em risco a continuidade das operações no PIM.

A indústria de ar-condicionado do Polo Industrial de Manaus (PIM) consolidou-se, em 2024, como a segunda maior produtora mundial de aparelhos, ficando atrás apenas da China. No entanto, esse crescimento pode ser comprometido a partir de 2025 devido a um impasse técnico-regulador envolvendo o Processo Produtivo Básico (PPB), localizado a mais de 2.600 quilômetros de distância, no Estado de São Paulo.
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Monopólio de compressores O PPB exige que parte dos compressores — componente essencial dos aparelhos — seja adquirida de fabricantes nacionais. Contudo, atualmente há apenas um fornecedor nacional, com unidade fabril em São Paulo, que não tem conseguido acompanhar a expansão da demanda. Em 2024, a produção de ar-condicionado cresceu quase 30%, com expectativa de manutenção desse ritmo nos próximos anos.
Risco de paralisação A insuficiência no fornecimento de compressores coloca em risco a continuidade das operações no PIM. Sem atender às etapas previstas no PPB, a indústria pode perder incentivos fiscais, comprometendo a viabilidade econômica da produção. Isso afetaria diretamente empregos, arrecadação e o abastecimento do mercado.
Esforço do fornecedor A fabricante nacional tem buscado desenvolver novos modelos e ampliar sua atuação. Um evento agendado para o dia 25, no auditório da Suframa, deve anunciar o lançamento de um novo compressor, demonstrando empenho em acompanhar as transformações do setor. Contudo, ainda não há confirmação de aumento imediato na capacidade produtiva.
Diálogo e busca de soluções A Eletros, entidade que representa os fabricantes de eletrodomésticos, tem dialogado com o governo federal, destacando a necessidade de adequações temporárias no PPB para evitar prejuízos. Segundo a entidade, o GT-PPB, grupo interministerial responsável pelas regras do processo, está ciente da gravidade do cenário e avalia ajustes.
Impacto no mercado A incerteza regulatória tem gerado insegurança no ambiente de negócios, podendo impactar a confiança de investidores, pressionar os preços ao consumidor e ameaçar a manutenção de empregos. Para a Zona Franca de Manaus, pilar econômico da Região Norte, a solução desse impasse é estratégica para garantir o crescimento sustentado do setor.
Fonte: bncamazonas.com.br
— Indústria Flix News