O custo da aliança entre Renault e Nissan resulta em prejuízo de US$ 1,12 bilhão
Desempenho fraco da aliada japonesa afeta diretamente os resultados da montadora francesa

A Renault divulgou um prejuízo líquido de US$ 1,12 bilhão no primeiro semestre deste ano, resultado atribuído ao desempenho negativo da Nissan, empresa na qual mantém uma participação de 15%.
A perda, equivalente a 1,04 bilhão de euros, reflete a contribuição negativa da montadora japonesa nos balanços do grupo francês. A Nissan vem enfrentando retração nas vendas na Ásia, dificuldades operacionais e forte concorrência local.
Mesmo diante do impacto financeiro, a Renault manteve sua previsão de margem operacional entre 7,5% e 8% para o exercício de 2025, sinalizando estabilidade em suas demais operações, especialmente na Europa e América Latina.
O CEO Luca de Meo afirmou que a empresa segue com foco em sua estratégia de transformação e ressaltou que o novo modelo de parceria com a Nissan, firmado em 2023, proporciona maior equilíbrio e autonomia entre os dois grupos.
A aliança Renault–Nissan, criada em 1999, já foi uma das maiores do setor automotivo global. Nos últimos anos, porém, sofreu desgaste com disputas internas e desalinhamentos estratégicos. Desde a reestruturação, ambas as companhias passaram a deter 15% uma da outra, com direitos de voto equilibrados.
Indicador | 1º Sem 2024 | 1º Sem 2025 | Variação |
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Participação da Nissan no lucro | +€582 milhões | –€1,04 bilhão | Queda de €1,62 bilhão |
Margem Operacional Renault | 7,6% | 7,5% (estimativa) | Estável |
Participação acionária na Nissan | 43% (antes de 2023) | 15% | Redução estratégica |
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Fonte: Reuters