Indústria siderúrgica inicia 2025 com alta nas importações e incertezas no mercado global
Brasil registra aumento recorde nas importações de aço em janeiro, enquanto investimentos e novas tarifas nos EUA redefinem o cenário internacional.

O setor siderúrgico iniciou 2025 com tendências contrastantes entre o mercado interno e o cenário global. No Brasil, as importações de aço atingiram um recorde para o mês de janeiro, totalizando 548 mil toneladas – um aumento de 49,4% em relação ao ano anterior. Esse avanço elevou a participação do aço importado no consumo total para 22,8%, refletindo desafios competitivos para a indústria nacional.
Apesar do crescimento de 2,4% na produção de aço bruto e do aumento de 3,1% nas vendas no mercado interno, as exportações sofreram uma queda de 2,9%, evidenciando um enfraquecimento da demanda externa. Para 2025, as projeções indicam um cenário desafiador, com previsão de queda de 0,6% na produção e de 0,8% nas vendas internas, enquanto as importações devem crescer 11,5%.
Em meio a esse contexto, a ArcelorMittal anunciou um investimento de R$ 3,8 bilhões na Unidade de Tubarão, no Espírito Santo. O projeto prevê a criação de 2,5 mil empregos temporários e 450 permanentes, reforçando a importância de investimentos estratégicos para manter a competitividade do setor.
No mercado global, a demanda por aço deve crescer entre 2,5% e 3,5% em 2025, segundo previsões da ArcelorMittal, com destaque para os EUA, onde a empresa planeja construir uma nova usina para atender à demanda do setor automotivo.
Contudo, as relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos sofreram um impacto com a aplicação de uma tarifa extra de 25% sobre o aço brasileiro, o que pode comprometer exportações e afetar empregos na indústria siderúrgica nacional.
— Indústria Flix News
Fontes:
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UOL – Importações de aço pelo Brasil em janeiro batem recorde para o mês
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G1 – ArcelorMittal anuncia investimento bilionário no Espírito Santo
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CNN Brasil – ArcelorMittal foca investimentos no Brasil e EUA em 2025
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UOL – EUA aplicam tarifa extra de 25% sobre o aço brasileiro