Goldman Sachs prevê petróleo abaixo de US$ 40 até 2026
Alta na oferta e transição energética podem derrubar os preços nos próximos anos.

O banco Goldman Sachs projeta uma queda significativa nos preços do petróleo nos próximos anos, com possibilidade de o barril atingir valores abaixo de US$ 40 até 2026. A estimativa foi divulgada em um relatório recente da instituição e considera o impacto da expansão da produção global e mudanças estruturais no mercado de energia.
De acordo com os analistas do banco, o mercado pode caminhar para um cenário de excesso de oferta, puxado principalmente pelo aumento da produção em países fora da OPEP+, como Estados Unidos, Canadá, Brasil e Guiana. Esses países devem registrar crescimento expressivo na capacidade de extração, o que tende a pressionar os preços para baixo.
A análise também aponta que o equilíbrio entre oferta e demanda deve mudar de forma relevante ao longo da próxima década. Mesmo com a manutenção do consumo no curto prazo, a tendência é de desaceleração da demanda após 2030, em razão do avanço da eletrificação nos transportes e da transição energética global.
Ainda assim, no curto prazo, o Goldman Sachs prevê volatilidade nos preços, influenciada por tensões geopolíticas e pelas estratégias de controle de produção adotadas pela OPEP+. A avaliação do banco destaca que o setor deve se adaptar a um ambiente de preços mais baixos e margens menores, exigindo ajustes na estratégia das petroleiras e revisão nos investimentos de longo prazo.
A previsão sinaliza um possível novo ciclo para o setor de energia, com mudanças relevantes nas dinâmicas globais de produção, demanda e precificação do petróleo.