General Mills reduz previsão de lucro com cenário econômico incerto

A incerteza tarifária nos EUA pressiona margens e derruba ações da gigante alimentícia

  25 DE JUN, 2025


General Mills reduz previsão de lucro com cenário econômico incerto

A General Mills, dona das marcas Cheerios, Pillsbury e Blue Buffalo, revisou para baixo sua projeção de lucro anual ajustado, projetando agora uma queda entre 10% e 15%, bem acima da retração de 4,8% esperada por analistas da LSEG.

O principal fator é a incerteza econômica nos Estados Unidos, agravada pelas políticas tarifárias do governo Trump. A volatilidade nos custos e o impacto direto no consumo doméstico estão afetando especialmente categorias como lanches refrigerados e produtos assados, cujas vendas seguem em queda.

Mesmo com o relançamento da linha de ração Blue Buffalo e o aumento dos investimentos em marketing, a companhia não conseguiu impulsionar a demanda como o planejado. O consumidor americano se mostra mais cauteloso e menos disposto a pagar por marcas premium, o que pressiona as margens da empresa.

Com isso, as ações da General Mills caíram cerca de 2% no pré-mercado, sinalizando a insatisfação dos investidores. A empresa, que já vinha alertando sobre desafios em trimestres anteriores, agora deve reavaliar seu portfólio, cortar custos e buscar maior eficiência para preservar rentabilidade.

Este movimento acende um sinal de alerta no setor de alimentos embalados, que enfrenta estagnação no consumo, inflação nos insumos e concorrência acirrada com marcas próprias.

 

Indicador Situação Atual (2025)
Lucro por ação (ajustado) Queda prevista de 10% a 15%
Estimativa anterior (analistas) Queda de 4,8% segundo a LSEG
Segmentos mais afetados Produtos assados e lanches refrigerados nos EUA
Razões apontadas Incerteza econômica e tarifária + queda no consumo doméstico
Iniciativas recentes da empresa Reformulação da linha Blue Buffalo, aumento em marketing
Pressão sobre margens Alta, com custos fixos e retorno abaixo do esperado
Reação do mercado Ações caíram ~2% no pré-mercado

 

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Fonte: Reuters

 


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