Um relatório recente da S&P Global revela que a atividade empresarial dos EUA desacelerou ligeiramente em junho, com o índice de gerentes de compras (PMI) composite “flash” caindo de 53,0 em maio para 52,8, ainda em zona de expansão, mas com menor ritmo. Já o PMI industrial manteve-se estável em 52,0, superando as expectativas de queda para 51,0.

No entanto, o que chama atenção são as fortes pressões inflacionárias: custos de insumos nas fábricas dispararam para o maior patamar desde julho de 2022, com o índice atingindo 70,0, e os preços cobrados pelas empresas também subiram de forma acelerada. As causas principais? As tarifas agressivas sobre importações atribuídas por quase dois terços dos fabricantes e o aumento nos custos de financiamento, combustíveis e mão de obra.

Analistas como Chris Williamson, da S&P Global, alertam para um crescimento econômico mais fraco e uma inflação em ascensão, intensificando a incerteza econômica. Com a economia ainda crescendo, mas sob pressão, os EUA deverão registrar um PIB anualizado de cerca de 1,3% a 1,5% em junho.

Enquanto isso, o Federal Reserve mantém a faixa de juros entre 4,25% e 4,50%, avaliando cuidadosamente os impactos das tarifas sobre os preços antes de decidir uma eventual redução.

Impacto imediato do cenário:

• O custo mais alto dos insumos pressiona margens das indústrias e pode repassar custos aos consumidores.

• Pressões inflacionárias podem adiar o início dos cortes na taxa básica, afetando o mercado imobiliário e o gasto das famílias — já refletido na desaceleração das vendas de imóveis usados, que estão no menor nível para maio desde 2009.

• O Fed adota postura cautelosa diante das incertezas de tarifas e geopolíticas, como o conflito do Oriente Médio, antes de quaisquer mudanças na política monetária.

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Fonte: Reuters