A indústria brasileira registrou uma recuperação significativa em fevereiro, impulsionada pelo aumento da demanda e pela retomada da produção. O Índice de Gerentes de Compras (PMI), compilado pela S&P Global, saltou para 53,0, ante 50,7 em janeiro, marcando o ritmo mais intenso de crescimento desde setembro. Valores acima de 50 indicam expansão no setor.

Segundo Pollyanna de Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, o cenário atual reflete uma melhora na saúde do setor, com destaque para o crescimento das vendas e da produção. O aumento mais forte nas novas encomendas foi um fator crucial para tirar a produção do território contracionista, alcançando o maior patamar desde abril de 2024.

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No entanto, as empresas ainda enfrentam desafios. As encomendas internacionais caíram pelo quarto mês consecutivo, impulsionadas por uma demanda mais fraca de mercados como Argentina, Reino Unido e Estados Unidos. Além disso, a inflação de custos dos insumos, embora tenha recuado em relação a janeiro, continuou a pressionar os preços, com destaque para a fraqueza cambial e o aumento nos custos de frete, combustíveis, poliéster, resina e aço.

Apesar desses obstáculos, o otimismo no setor cresceu, com as empresas projetando um aumento na produção nos próximos 12 meses. Esse cenário levou a uma aceleração na contratação de trabalhadores, atingindo o ritmo mais forte desde maio de 2024.

Por fim, a combinação entre demanda aquecida e custos elevados resultou em aumentos nos preços de venda, que atingiram a máxima de seis meses. A indústria brasileira segue em recuperação, mas os desafios inflacionários e a volatilidade externa exigem atenção contínua.

— Indústria Flix News

Fonte: Infomoney