DÉCIMO BOLETIM INDUSTRIAL

As principais notícias do setor industrial brasileiro da semana 05 a 09 de maio 2025

  05 DE MAI, 2025


DÉCIMO BOLETIM INDUSTRIAL

Indústria Brasileira Próxima da Estagnação em Abril (PMI S&P Global)

O Índice de Gerentes de Compras (PMI) da indústria brasileira, compilado pela S&P Global, caiu de 51,8 em março para 50,3 em abril, o nível mais baixo desde dezembro de 2023. O resultado indica uma quase estagnação da atividade industrial, com expansão apenas marginal da produção e novas encomendas. A pesquisa aponta preocupações com tarifas e demanda fraca.

 

Análise Técnica

 A queda do PMI para 50,3, muito próximo da linha neutra de 50 pontos, sinaliza uma perda de dinamismo preocupante. Tecnicamente, sugere que os volumes de produção e as novas encomendas cresceram em ritmo muito mais lento, podendo impactar negativamente emprego e investimentos futuros. Fatores externos (incerteza comercial) e internos (demanda fraca) contribuem para a desaceleração.

 

Nosso Comentário

Mais um sinal claro do fracasso das políticas econômicas intervencionistas! Enquanto o governo celebra programas como a "Nova Indústria Brasil", a realidade mostra uma indústria patinando, sufocada por impostos exorbitantes, burocracia asfixiante e a eterna desconfiança gerada por um Estado que gasta demais e investe mal. A "demanda fraca" não é surpresa com o peso dos tributos sobre empresas e consumidores. A solução não é mais Estado, mas sim menos Estado: reformas estruturais sérias, corte de gastos públicos e liberdade para o setor produtivo trabalhar!

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Guerra Comercial EUA-China: Oportunidade para Calçados e Soja Brasileiros

Um mês após o anúncio de tarifas americanas sobre produtos chineses, empresários brasileiros relatam sondagens para substituir fornecedores chineses. O setor de calçados vê oportunidade de ampliar vendas para os EUA, enquanto o agronegócio pode aumentar exportações de soja para a China.

 

Análise Técnica

O fenômeno do desvio de comércio abre uma janela de oportunidade para o Brasil. A magnitude dependerá da competitividade brasileira (preço, qualidade, logística) e da capacidade de resposta rápida às demandas dos mercados americano e chinês, além da duração das tarifas impostas por Trump.

 

Nosso Comentário

Trump está certo em confrontar a concorrência desleal chinesa, e essa postura abre portas para o Brasil. Nossos empresários, sempre resilientes, já estão sendo sondados. É a prova de que o mercado funciona e busca alternativas eficientes. Resta saber se a burocracia e a lentidão do governo brasileiro permitirão que aproveitemos essa chance ou se ficaremos apenas assistindo enquanto outros países mais ágeis ocupam o espaço. Menos Brasília e mais iniciativa privada!

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Guerra Comercial EUA-China: Indústria Teme Invasão de Importados e Pede Proteção

Setores como aço, químicos e têxteis temem que produtos chineses barrados nos EUA sejam desviados para o Brasil, prejudicando a indústria local. Representantes desses setores estão em conversas com o governo pedindo medidas de defesa comercial mais ágeis e eficazes.

 

Análise Técnica

 O risco de um surto de importações (import surge), potencialmente a preços de dumping, é tecnicamente plausível. A implementação de medidas de defesa comercial (salvaguardas, antidumping) é válida sob regras da OMC, mas requer investigações que podem ser demoradas, criando uma janela de vulnerabilidade.

 

Nosso Comentário

O alerta está dado! Enquanto o governo hesita, nossa indústria corre o risco de ser inundada por produtos chineses subsidiados, resultado direto da guerra comercial iniciada por Trump para defender seu país. É inadmissível que o Brasil, com sua carga tributária brutal e burocracia infernal, ainda demore a proteger seus próprios produtores. Precisamos de medidas de defesa comercial rápidas e firmes, não de discursos vazios. Proteger o emprego e a indústria nacional deveria ser prioridade máxima!

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Produção de Veículos Cai em Março e Setor Teme Impacto de Tarifas

A produção de veículos no Brasil teve forte queda em março (12,6% ante fevereiro), registrando o pior resultado para o mês desde o fim da pandemia em 2021. A Anfavea (associação das montadoras) alerta para o impacto negativo das tarifas americanas sobre o setor e a cadeia de suprimentos.

 

Análise Técnica

A queda expressiva na produção, configurando o pior março desde 2021, é um sinal de alerta. Pode refletir desaceleração da demanda interna, acúmulo de estoques ou gargalos na cadeia de suprimentos, exacerbados pela incerteza gerada pelas tarifas americanas que podem elevar custos de componentes ou dificultar exportações.

 

Nosso Comentário

 A indústria automobilística sente o golpe. A queda na produção reflete um mercado interno ainda fraco, consequência direta de anos de políticas econômicas equivocadas que minaram o poder de compra. Soma-se a isso a instabilidade externa e a ameaça das tarifas de Trump, que expõem a fragilidade de um setor dependente de um ambiente global estável que o atual governo parece incapaz de garantir ou negociar favoravelmente. Menos impostos e mais acordos comerciais inteligentes é o que o setor precisa.

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BNDES e Finep Dobram Verba para Inovação em 2024 (Nova Indústria Brasil)

As instituições aprovaram R$ 29,6 bilhões para projetos de inovação em 2024, um aumento de 110% em relação ao ano anterior. O governo associa a alta à política industrial Nova Indústria Brasil (NIB).

 

Análise Técnica

O aumento expressivo no financiamento via BNDES e Finep representa um impulso financeiro significativo para P&D. O sucesso dependerá da eficácia na alocação dos recursos, capacidade de execução dos projetos e sinergia com outras políticas. O impacto real será medido por indicadores de inovação nos próximos anos.

 

Nosso Comentário

 Mais dinheiro público sendo direcionado pelo governo sob o pretexto de "inovação" e "Nova Indústria Brasil". A verdadeira inovação floresce em ambientes de livre mercado, com baixa carga tributária e segurança jurídica, não com bilhões distribuídos por bancos estatais segundo critérios políticos. Quem garante que esses R$ 29,6 bilhões irão para projetos realmente inovadores e competitivos, e não para financiar "campeões nacionais" ou agendas ideológicas? É a velha receita estatizante que já se provou ineficiente tantas vezes.

 


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