Brasil é o último em ranking de competitividade industrial, diz CNI

Levantamento aponta ambiente econômico e educação como os principais entraves para a indústria nacional.

  22 DE ABR, 2025


Brasil é o último em ranking de competitividade industrial, diz CNI

O Brasil ocupa a última posição no mais recente ranking de competitividade industrial elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado em 18 de abril de 2025. O estudo avaliou o desempenho do país em comparação com 17 nações concorrentes no mercado internacional, considerando oito fatores que impactam a performance das empresas.

Os aspectos que mais contribuíram para a colocação desfavorável do Brasil foram: Ambiente Econômico, Desenvolvimento Humano e Trabalho, e Educação. Em todos esses quesitos, o país ficou na 18ª posição. O alto custo de financiamento, exemplificado pela taxa Selic em 14,25% ao ano, e a complexidade do sistema tributário foram destacados como entraves significativos para a indústria nacional.

No fator Desenvolvimento Humano e Trabalho, o Brasil também ocupou a última posição, ficando atrás de países como Coreia do Sul, que lidera esse quesito. Indicadores como relações de trabalho, saúde e segurança, e diversidade foram considerados na avaliação. Na Educação, a baixa adesão ao ensino técnico e a formação insuficiente de profissionais em ciência e tecnologia foram apontadas como deficiências críticas.

Apesar do desempenho geral negativo, o Brasil apresentou melhor resultado no subfator de descarbonização, alcançando a 2ª posição, embora ainda necessite avançar em economia circular.

A CNI destaca que a implementação da política industrial "Nova Indústria Brasil" (NIB), que prevê financiamentos de até R$ 507 bilhões até 2026, é um passo positivo. No entanto, os efeitos dessa política só poderão ser avaliados a longo prazo. A entidade enfatiza a necessidade de transformar o NIB em uma política de Estado permanente para promover melhorias sustentáveis na competitividade industrial do país.


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