O Brasil consolidou-se como o sexto maior produtor de cacau do mundo, contribuindo com cerca de 220 mil toneladas anuais para o mercado global. A produção nacional é impulsionada por práticas sustentáveis e avanços na pesquisa agrícola, especialmente através da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

A Ceplac mantém uma das coleções genéticas de cacau mais diversificadas do mundo, com destaque para o tipo Amelonado, caracterizado por casca amarela e aroma mais sutil. Os esforços de melhoramento genético visam desenvolver variedades mais produtivas e resistentes a doenças e mudanças climáticas, além de inovações na formulação de chocolates.

A sustentabilidade no cultivo é incentivada pela Lei nº 14.877/24, que instituiu os selos verdes "Cacau Cabruca" e "Cacau Amazônia". Esses selos reconhecem produtores que adotam boas práticas ambientais, promovendo a conservação das florestas e a biodiversidade.

A produção de cacau no Brasil é concentrada principalmente nos estados da Bahia e do Pará, responsáveis por aproximadamente 96% do volume total. Em 2023, a Bahia retomou a liderança nacional com 139.011 toneladas, seguida de perto pelo Pará, com 138.471 toneladas. Essa atividade desempenha um papel crucial no desenvolvimento socioeconômico regional e na preservação ambiental.